segunda-feira, 25 de junho de 2007

Quatro pontos orientam
a direção do homem no mundo.

Quatro outras direções
figuram na geografia mas não existem no mapa.

Os caminhos divergem para o desconhecido.

Os pontos que não existem indicam espaços mais precisos.

O território sem bandeira reúne almas famintas.

Os cacos dispersos denunciam a presença do monstro.

O rastro sem vestígio apenas revela a presença do absurdo.

Neste instante,
a precariedade do espaço entoa um cântico trágico.

As luzes já não brilham com tanta intensidade.

E o que vemos,
não passam de sombras sobre sombras.



cortaruas, Desterro, 27 de maio de 2002.

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