segunda-feira, 25 de junho de 2007

A casa em que vou habitar
mais se parece um forte.

As palavras que quero dizer
ainda não existem em substância.

Invento sentidos tentando preencher vazios que pousaram entre nós e os outros.

Tenho temor do desconhecido ser humano monstro.

Construo conceitos e muros
tentando proteger minhas próprias ilusões.

Porém,
os sinuosos caminhos insistem
no grande acontecimento do encontro.

A casa já não é um forte,
é apenas uma morada.


cortaruas, Desterro, outubro de 2001.

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